domingo, 27 de setembro de 2009

Alecrim conquista o acesso para a Série C 2010



A esperança verde enfim se tornou realidade: o Alecrim está na Série C 2010. Na arquibancada do Machadão a torcida esmeraldina fez a festa com os heróis alviverdes, que se aproveitaram da vantagem construída com a vitória no jogo de ida e com um empate em 1 a 1 contra o Uberaba na tarde deste domingo (27), alcançaram o tão sonhado acesso para a Terceirona do próximo ano.

O autor do gol da vitória não poderia ser outro. O artilheiro Maurício Pantera abriu o placar com uma linda cabeçada após um cruzamento milimétrico de Marciano e explodiu a torcida verde no Machadão. Danilo ainda chegou a empatar para o Uberaba, mas o acesso ficou com o Alecrim, que volta a Série C após 16 anos de espera. Com sua vaga garantida, agora o Alviverde tem pela frente o São Raimundo, na semifinal da Série D.

Uberaba sufoca e Alecrim contra ataca

Jogando com o regulamento debaixo do braço e podendo empatar para subir, o Alecrim começou encolihdo, enquanto o Uberaba chegava ao ataque para sufocar o Alviverde. Bem posicionada, a defesa alecrinense segurava bem as investidas mineiras, que vinham sobretudo dos rápidos Rafael Ipuã e Danilo. Só a partir dos 20 minutos o Esmeraldino resolveu acordar para o jogo e passou a ameaçar a meta do time colorado, equilibrado o confronto.

Na base dos contra ataques, o Alviverde levava muito perigo, como foi aos 30 minutos, quando Chapinha descolou um lançamento precioso para Maurício Pantera. O matador alecrinense não se afobou, invadiu a área pela direita e rolou a bola mansa para Torona como quem diz: "Faz". No entanto, completamente livre, Torona pegou muito mal e isolou por cima do gol, para desespero da torcida esmeraldina no Machadão.

O Alecrim seguia marcando bem as saídas rápidas para os contra golpes, porém o Uberaba estava ligado e chegou muito perto de abrir o placar. Aos 35 minutos Danilo recebeu na grande área, fez um verdadeiro carnaval na defesa esmeraldina e chutou de canhota. O atacante só não contava com o reflexo de Isaías, que fez um verdadeiro milagre. Uma defesa daquelas comemoradas como se fosse um gol.

Alviverde perde chances, corre riscos, mas garante acesso

Na volta do intervalo o técnico Francisco Diá preferiu não correr riscos e sacou Eduardo Igor, que já tinha amarelo,mandando Marciano para o jogo. Com a troca Fernandes migrou da lateral esquerda para a direita. Do outro lado o técnico Erick Pereira voltou com o mesmo time, mas não demorou a mudar, e colocou o atacante Chico Marcelo no lugar do volante Gustavo, mudando o esquema para o 4-3-3.

Com os mineiros se mandando para o ataque, os espaços se abriram para o Alecrim. Aos 13 minutos Chapinha mandou da entrada da área para a defesa de Glaysson. A bola sobrou e o próprio Chapinha entrou na área, tentou driblar o goleiro, mas teve seu chute defendido na hora certa. Eram apenas as primeiras das inúmeras oportunidades que o Alviverde desperdiçaria.

Sete minutos depois Chapinha teve nova chance após jogada de Torona. Com calma, ele bateu colocado, o chute parecia ter endereço certo, e o goleiro Glaysson, estático, só observava. A bola saiu caprichosamente. No outro lado do campo Danilo cabeceou com muito perigo. Nem se recuperou do susto e o Alecrim se mandou para frente. Fernandes recebeu pela direita e emendou uma bomba, que pegou na trave e saiu na sequência.

O gol parecia não querer sair, e o jogo ficava cada vez mais nervoso a cada chance desperdiçada. A aflição só teve fim aos 42 minutos. Mais um contra ataque fulminante, desta vez pela esquerda. Marciano dominou, olhou para a área e mandou lá dentro. O destino era a cabeça de Maurício Pantera, que como manda a cartilha do artilheiro, ajeitou o corpo e testou com estilo para o fundo da rede. Era o gol do acesso esmeraldino.

Danilo ainda empatou o duelo de cabeça aos 47 minutos, mas não havia tempo para mais nada. Dois minutos depois veio o tão esperado apito final e a festa verde tomou conta do Machadão. No campo, festa dos jogadores e do treinador Francisco Diá, que pagou a promessa do acesso e atravessou o gramado do Machadão de joelhos, na cena que ilustrou bem o caminho difícil pelo qual passou o Alecrim até o aguardado reencontro com a glória.

Fonte: www.tribunadonorte.com.br

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