sábado, 3 de julho de 2010

O fim de uma era


O fim da participação da seleção na Copa do Mundo da África do Sul representa o encerramento de um ciclo para uma geração de jogadores. No entanto, se por questões de idade ou de desempenho as portas se fecham para parte importante do elenco convocado por Dunga, abrem-se vagas para uma nova geração. Resultado da capacidade do futebol brasileiro de se renovar, sobram jogadores que, aos olhos de muitos críticos, já teriam vaga no Mundial de 2010. No entanto, deverão ser os pilares da construção do time que vai competir no Brasil em 2014.

Do grupo eliminado ontem da Copa do Mundo, alguns jogadores deixam a competição cotados para seguir disputando um lugar na seleção para 2014. Entre os goleiros, o caso mais claro é de Júlio César, embora ele chegue ao mundial do Brasil com 34 anos. Nas laterais, a base deve ser mantida na direita, já que Maicon e Daniel Alves saem valorizados, ao contrário do canhoto Michel Bastos e de Gilberto, que será um veterano — 38 anos — em 2014. Na zaga, se Lúcio e Juan têm ciclos próximos do fim, Thiago Silva é nome quase certo no futuro. No meio-campo, a Copa que encerrou o ciclo de Gilberto Silva, ainda deverá ter espaço na próxima edição para Ramires e Kaká, este último apesar de chegar a 2014 com 32 anos. No ataque, Robinho e Nilmar deixam a África com boas chances de seguir no grupo. Luís Fabiano terá 33 anos na Copa no Brasil, mas tem chances, enquanto Grafite será nome descartado.

A reconstrução deverá começar por experiências com nomes emergentes e de passagens curtas ou até inexistentes pela seleção, já que Dunga, por quatro anos, foi fiel a uma base. No gol, há nomes experientes à espera de uma chance, como Fábio, do Cruzeiro, que terá 33 anos em 2014. Há ainda Victor, do Grêmio, descartado por Dunga nos últimos momentos, que terá 31 anos, e Felipe, do Corinthians, que terá 30, além de Renan, que defendeu a seleção olímpica em 2008 e acaba de voltar ao Internacional.

Na lateral esquerda, Marcelo, do Real Madrid, é nome quase certo para iniciar o próximo ciclo. Ele chegou a estar no grupo de Dunga que, após os Jogos Olímpicos, praticamente o descartou e testou, sem sucesso, diversos laterais.

No meio-campo, a grande unanimidade será Paulo Henrique Ganso, do Santos. Seu nome era pedido pela opinião pública desde o início do ano, quando passou a ter uma sequência de grandes atuações pelo Santos. Ao lado dele, alguns nomes que estavam nos Jogos Olímpicos podem ser resgatados e adquirir papel de protagonismo no time: Hernanes, do São Paulo; Lucas, do Liverpool; além de Anderson, do Manchester United. Destaque recente no Brasil, o corintiano Elias também pode ser lembrado.

O ataque também terá duas grandes unanimidades nacionais ignoradas por Dunga: Alexandre Pato, do Milan, e Neymar, do Santos. O primeiro chegou a fazer parte do grupo do treinador, mas acabou excluído meses antes da Copa da África do Sul. O segundo, sequer foi testado.

Outros nomes emergentes vêm do time vice-campeão mundial em 2009, no Egito. Um deles é o meia Giuliano, do Internacional, que era companheiro de Ganso na armação daquela equipe. Outro é o meia Maylson, do Grêmio, além do volante Sandro, do Internacional, que teve passagem pela seleção principal.

Fonte: www.tribunadonorte.com.br

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