Ao ser eliminada da Copa do Mndo de Futebol, a seleção brasileira, atuante como um time de várzea desses tantos espalhados pelo Brasil, demonstrou não sentir o peso da camisa, frase repetida por muitos jogadores. Os guerreiros brilharam mais em comerciais do que no campo, esqueceram de vestir a armadura, entraram na batalha, nunca estando nela. Falar do jogo perdido é fácil, achar os culpados e apontar também. Dizer que é apenas uma partida de futebol é não dar mérito aos que jogaram futebol nessa copa. A Argentina demonstrou ter uma seleção em campo, correu atrás do gol até o último minuto, mesmo levando quatro da Alemanha.
O emocional dos argentinos deveria ser estudado para ensinar aos nossos jogadores que dentro de campo a tarefa é jogar e não ceder no jogo mais importante. Holanda explorou a fragilidade da seleção, assim fez a França em duas edições. A falha se conhece e pouco se trabalhou para resolver o que é persistente. É preciso ensinar aos futuros que levar um gol não significa entregar o jogo, é nesse momento que uma seleção deveria se destacar das demais.
Tivemos a deficiência de um banco de reservas. Sempre estivemos dependendo do desempenho de alguns jogadores. Um machucado, se recuperando dentro da própria competição, o outro isolado. Tudo junto resultou no fracasso. Montou-se uma seleção medíocre, uma comissão técnica medíocre e colhemos um resultado vergonhoso.
Quanto maior o número de estrelas na camisa, maior deveria ser à vontade. Que essa Copa do Mundo sirva como lição e que o Brasil aprenda a jogar de novo o seu futebol. Aprenda que dentro do campo é preciso ter definido o que ser quer ser, uma seleção ou um time de várzea. E que Copa do Mundo nunca é apenas uma partida de futebol, é uma Copa do Mundo, dela sai o melhor.
Perder todos irão perder um dia, mais até para se perder é preciso ter garra, ter estampado na face que tentou de tudo para conseguir o resultado. Isso faltou a nossa seleção. Na próxima Copa, em 2014, em casa, a responsabilidade é ainda maior. É preciso resgatar duas coisas, a confiança da torcida e o respeito de vestir uma camisa que um dia o Rei do Futebol defendeu. A seleção deve sobreviver a esse fracasso e os burocratas da CBF terem a consciência do seu papel. Não pela mediocridade demonstrada, mais pelos torcedores que acreditaram mais uma vez no sonho perdido.
Fonte: www.brasilwiki.com.br
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