Antes de assumir a presidência do ABC, talvez poucos torcedores soubessem quem era o empresário Rubens Dantas. Entre a torcida, talvez, fosse conhecido apenas como o conselheiro que tinha doado o maca móvel através de suas farmácias, a Santa Fé. Nestes anos todos, ninguém ouviu uma entrevista sua antes dele ser cogitado ao cargo.
Isso porque a participação de Rubens Dantas sempre foi silenciosa, sem olofotes, mas contínua. É seu jeito de ser, o jeito do homem do interior. Até para as entrevistas ele é tímido. Mas, sempre verdadeiro, olhando nos olhos. Ontem, em Caicó, eu estava à beira do gramado e quando me virei lá estava o cartola. Agarrado no alambrado, quase arrancando a tela.
Dias atrás até comentei com alguns leitores. Tem uma característica peculiar: toda decisão de direção a primeira pergunta dele é: “e a torcida. Vamos ouvir”. Foi assim com a questão do aluguel do Frasqueirão, com a mudança da data da final e também quando convocaram torcedores das comunidades para uma reunião.
No âmbito administrativo, Rubens Dantas pensa e executa o ABC de hoje, mas no seu “caderno” ele vê o ABC de anos pra frente. Da mesma forma que fez em seus negócios: começou com uma pequena farmácia e hoje são 42.
No ABC que ele pretende transformar, a torcida tem voz, igual que todos os diretores. Sugestões são ouvidas, aceitas, executadas.
Mas, a palavra final é dele, sem ferir vaidades. De forma profissional, mas ouvindo o coração, como o futebol tem que ser.
Não é um elogio banal. Quem conhece ele sabe.
Fonte: www.blogdogringo.com.br
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